quarta-feira, 7 de março de 2012

A Lepra

A DOENÇA NA IDADE MÉDIA

A Idade Média caracteriza-se por um período em que a influência da igreja se encontra permanentemente em toda a sociedade.

As doenças faziam parte da vida quotidiana.

Para a maior parte das doenças não existia nenhum tipo de tratamento, e os doentes aceitavam que tinham simplesmente que viver com elas.

Entre as doenças para as quais não havia cura contam-se o sarampo, a tuberculose, a desinteria, a difteria, a varíola e a escarlatina.


A HIGIENE NA IDADE MÉDIA

Na Idade Média, o banho, era considerado prejudicial.
Geralmente tomavam apenas dois ou três banhos durante o ano, e quase sempre por volta do mês de Maio ou Junho, quando começa a primavera na Europa e quando o clima já estava um pouquinho mais quente.
Foi a partir dai que o mês de Maio, passou a ser o eleito para os casamentos, porque era nesta altura em que as noivas tomavam o banho no mês de Maio e o cheiro das partes íntimas não era tão forte.
O bouquet também era utilizado para dissipar o mau odor.
Quando se decidia que o banho ia acontecer, quem tinha prioridade de usar a primeira água limpa, , era o chefe da família, e assim sucessivamente  de acordo com  a importância no seio familiar,  os banhos eram tomados, a começar pelo pai, mãe, filhos, e por último os bebés; quando a água já estava totalmente imunda.

A LEPRA
Uma dessas doenças da idade média era a lepra, uma doença infeciosa da pele.
A lepra surgiu no Egipto, ea bíblia inclui referências à doença. Na idade média os leprosos eram obrigados a usar um sino para anunciar a sua presença ou a ficarem mesmo isolados. Os leprosos tinham que viver afastados, por causa do medo do contágio e havia leis que os proibiam de entrar nas cidades. Construíram-se casas (leprosarias ou gafarias) onde os leprosos podiam viver juntos, em geral longe das cidades. Estendeu-se depois pelo sudeste asiático e pelas ilhas do Pacífico.
É uma doença infecciosa crónica, causada pela Mycobacterium leprae, provoca uma lesão cutânea que lesa principalmente os nervos periféricos (nervos localizados fora do cérebro e medula espinal), a pele, a membrana mucosa do nariz, os testículos e os olhos. Provoca alterações tróficas difusas e simétricas, chegando mesmo a horríveis mutilações.
Trata-se de uma bactéria que invade os nervos periféricos.
Diminui a capacidade de sentir, o tacto, o frio e o calor, os doentes podem queimar-se, cortar-se ou ferirem-se sem darem por isso.
Devido ao facto dos nervos periféricos se encontrarem débeis isto vai assim causar uma debilidade ao nível muscular.
Devido ao facto de as bactérias causadoras da lepra se multiplicarem muito lentamente, os sintomas não começam habitualmente antes de um ano, pelo menos, após a pessoa ter sido infectada, normalmente começam a surgir os casos 5 a 7 anos mais tarde.
Os sinais e o tipo de sintomas da lepra dependem da resposta imunológica do doente. O tipo de lepra determina o prognóstico a longo prazo, as possibilidades de complicações e a necessidade de um tratamento com antibióticos, tudo isto é variável.

Na lepra tuberculóide, aparece uma erupção cutânea formada por uma ou várias zonas esbranquiçadas e achatadas. Estas áreas são insensíveis ao tacto porque as micobactérias causam leões ao nível dos nervos.
Na lepra lepromatosa, Aparecem na pele pequenos nódulos ou erupções cutâneas salientes, de tamanho e forma variáveis. O revestimento piloso do corpo, incluindo as sobrancelhas e as pestanas, desaparece.
A lepra limítrofe (borderline) é uma situação instável que tem características de ambas as formas da lepra. Nas pessoas com este tipo de lepra, a doença tanto pode melhorar, caso em que acaba por se parecer com a forma tuberculóide, como piorar, que resulta na parecença com a forma lepromatosa.
A doença pode ser ou não progressiva, que pode ser transmitida através de espirros espalhando as bactérias no ar e na pele. O contacto com a terra, e até mesmo mosquitos e percevejos, podem levar a lepra. 95% da população não contrai a lepra, pois o sistema imunitário combate a infecção, mas naqueles em que isso acontece, a infecção pode ser de carácter ligeiro e não contagiosa ou grave e contagiosa. O período de incubação médio pode ir de 4 a 8 anos dependendo do tipo de lepra.
Carla Félix

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