quarta-feira, 7 de março de 2012

A descoberta de diferentes tipos de sangue

O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados. O sangue é produzido na Medula óssea vermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de nutrientes, toxinas (metabólitos), oxigénio e gás carbónico. O sangue é constituído por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em uma parte líquida chamada plasma. As células são classificadas em Leucócitos (ou glóbulos Brancos), que são células de defesa; eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias), responsáveis pelo transporte de oxigénio; e plaquetas (factores de coagulação sanguínea). Podemos encontrar os mesmos componentes básicos do sangue em anfíbios, répteis, aves e mamíferos (entre eles, o ser humano).

A transfusão de sangue é o modo mais direto de uso terapêutico de sangue. Ele é obtido através da doação de sangue. Como existem diferentes tipos de sangue, e a transfusão de um tipo errado pode causar muitas complicações no recetor, são feitos Exames de Compatibilidade.

A descoberta dos grupos sanguíneos foi entre ano de 1900-1901 pelo cientista Kart Landsteiner de origem austríaca e ganhou o prémio Nobel pelo seu trabalho em 1930.
Para poder provar de que havia sangue de diferentes grupos, ele colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, que resultou a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, e sua ausência em outros.

Existem 4 tipos de grupos sanguíneos:

- Grupo sanguíneo AB

- Grupo sanguíneo A

- Grupo sanguíneo B

- Grupo sanguíneo O

Dentro de cada grupo sanguíneo existe ainda o + (positivo) e o – (negativo)
Levin e Stone relataram o caso de um feto nado-morto gerado por uma mulher que posteriormente manifestou reacção hemolítica transicional ao receber sangue de seu marido (compatível quanto ao sistema ABO, o único então conhecido). Landsteiner e Wiener 1940 descreveram um anticorpo produzido no soro de coelhos e cobaias, pela imunização com hemácias de Macacos rhesus, que era capaz de aglutinar as hemácias de 85% das amostras obtidas de um grupo de caucásicos americanos. Wiener e Peters aproximaram as duas observações, determinando tratar-se do mesmo antígeno. O anticorpo produzido no sangue da cobaia foi denominado de anti-Rh. Os indivíduos que apresentavam o factor Rh passaram a ser designados Rh+, o que geneticamente acreditava-se corresponder aos genótipos RR ou Rr. Os indivíduos que não apresentam o factor Rh foram designados Rh e apresentavam o genótipo rr, sendo considerados geneticamente recessivos.
Manuela Pereira

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