quarta-feira, 7 de março de 2012

Sistema Respiratório

O sistema respiratório é constituído pelas fossas nasais, pela boca, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. O tecido pulmonar é constituído por uma grande quantidade de alvéolos. Por sua vez, a parede dos alvéolos é atapetada por uma membrana respiratória ao nível da qual se processam as trocas gasosas. Assim, os pulmões funcionam como o interface entre o meio gasoso e o meio líquido que é o sangue, pois é neles que este se enriquece de oxigénio e elimina o dióxido de carbono.


Manuela Pereira

A Circulação Sanguinea

Do sistema circulatório fazem parte o coração, que é o órgão central, as artérias, veias e capilares que levam o sangue enriquecido em O2 aos tecidos e as veias que transportam o sangue com CO2, produto das trocas gasosas nos tecidos, até ao coração, que por sua vez o remete para os pulmões. O coração é constituído pelo miocárdio, que tem a particularidade de auto gerar impulsos nervosos de uma maneira rítmica, conferindo-lhe a capacidade de se contrair e relaxar de acordo com a frequência determinada por esses impulsos. É este ritmo que captamos através da frequência cardíaca que, usualmente, se situa em repouso entre as 60 e 80 pulsações por minuto



O sangue desempenha três funções essenciais: transportar oxigénio, distribuir os alimentos e remover o dióxido de carbono e outros detritos eliminados pelas células.

Vasos sanguíneos: existem três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares.

Artérias: a sua função é levar o sangue desde o coração até os tecidos. Três capas formam as paredes, a externa ou adventícia de tecido conjuntivo; a capa média de fibras musculares lisas, e a interna ou íntima formada por tecidos conectivos, e por dentro dela encontra-se uma capa muito delgada de células que constituem o endotélio.

Veias: devolvem o sangue dos tecidos ao coração. À semelhança das artérias, as suas paredes são formadas por três capas, diferenciando-se das anteriores somente por ter uma espessura menor, sobretudo ao diminuir a capa média. As veias têm válvulas que fazem com que o sangue circule desde a periferia em direcção ao coração ou seja, que levam a circulação centrípeta.

Capilares: são vasos microscópicos situados nos tecidos, que servem de conexão entre as veias e as artérias; sua função mais importante é a troca de materiais nutritivos, gases e desperdícios entre o sangue e os tecidos. As suas paredes compõem-se de uma só capa celular, o endotélio, que se prolonga com o mesmo tecido das veias e artérias nos seus extremos.  O sangue não entra em contacto directo com as células do organismo, se bem que estas são rodeadas por um líquido intersticial que as envolve; as substâncias espalham-se, desde o sangue pela parede de um capilar, por meio de poros que contém os mesmos e atravessa o espaço ocupado por líquido intersticial para chegar às células. As artérias antes de se transformarem em capilares são um pouco menores e chamam-se arteríolas e o capilar quando passa a ser veia novamente tem uma passagem intermediária nas que são veias menores chamadas vénulas; os esfíncteres pré-capilares ramificam os canais principais, abrem ou fecham outras partes do leito capital para satisfazer as variadas necessidades do tecido. Dessa maneira, os esfíncteres e o músculo liso de veias e artérias regulam o fornecimento do sangue aos órgãos.      

Circulação do sangue é o percurso do sangue no nosso organismo, e é constituído por dois trajectos: a pequena e a grande circulação


Na pequena circulação, o sangue venoso do ventrículo direito é bombeado para as artérias pulmonares. Assim,  o sangue irá para os capilares dos pulmões onde vão ocorrer as trocas gasosas. O sangue passa a arterial e regressa ao coração pelas veias pulmonares, chegando à aurícula esquerda.


Na grande circulação, o sangue arterial do ventrículo esquerdo é bombeado para a artéria aorta, sendo levado até aos capilares dos tecidos de todo o organismo, onde ocorrem troca de substâncias e gases com as células.  A partir daí, o sangue,  agora venoso, regressa ao coração pelas veias cavas superiores e inferiores, chegando à aurícula direita.

O sistema circulatório ou cardiovascular é responsável pelo transporte de substâncias como, por exemplo, gases, nutrientes, hormónios e excretas nitrogenadas.

O sangue é um dos três componentes do sistema circulatório, os outros dois, são o coração e os vasos sanguíneos. Ele é responsável pelo transporte, regulação e protecção de nosso corpo.

  
As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por minuto, em média. O processo de contracção de cada câmara do miocárdio (músculo cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole.
Anabela Martinez

Sistemas do ser humano

Os humanos contêm uma diversidade de sistemas devido à complexidade do organismo da espécie. Vou descrever o Sistema respiratório, Sistema digestivo e Estrutura óssea.

Sistema Respiratório


Principais funções: A função do sistema respiratório é facilitar o organismo a respiração do ar atmosférico, confirmando permanente concentração de oxigénio no sangue, necessário para as reacções do metabolismo, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reacções e que são representadas pelo gás carbónico.

Principais órgãos: fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, pulmões.

Doenças associadas: asma, hipertensão pulmonar, pneumopatias, infecções diversas.

Sistema Digestivo

 
Principais funções: retirar dos alimentos introduzidos os nutrientes necessários para o desenvolvimento e manutenção do organismo.

Principais órgãos: tubo digestivo (boca, faringe, esófago, estômago, intestinos delgado e grosso e ânus) e órgãos anexos (língua, dentes, glândulas salivares, fígado e pâncreas).

Doenças associadas: apendicite, cancro, úlcera.

Estrutura Óssea




A segurança do corpo está a cargo do esqueleto, que também fornece, em certos casos, proteção aos órgãos internos e ponto de apoio para a imobilização dos músculos.

Principais funções: proteção automática de órgãos internos, suporte dos músculos, função sanguínea através da medula óssea, reserva de minerais (principalmente cálcio e fósforo), accionamento conjuntamente com as articulações dos músculos esquelético e tendões, mantém o equilíbrio ácido base, absorvendo sais alcalinos.

Principais órgãos: 206 ossos

Doenças associadas: traumas e doenças degenerativas como escoliose, gordose, sifose e osteoporose.
Rosa Alves

As células estaminais

O tratamento com células estaminais iniciou-se em 1988, mas em 1980 haviam sido descobertas e aplicadas em algumas patologias.

As células estaminais são extraídas do sangue e do tecido do cordão umbilical dos bebés, exactamente no momento do parto, sem qualquer risco para o recém-nascido.

Como as células não são logo utilizadas têm que ser conservadas no frio. Este processo de preservar as células chama-se criopreservação. Esta técnica permite guardar as células por um período alargado de tempo (entre 20 a 25 anos) sem perder as suas capacidades de regeneração, no entanto estudos recentes verifica-se que as células vão perdendo a sua capacidade de regeneração a partir dos 10 anos de criopreservação assim hoje em dia garantem a sua eficácia por estes mesmos anos.
As células estaminais têm a capacidade única de se auto-renovarem e dividem-se indefinidamente contribuindo assim para a reparação dos tecidos danificados substituindo os tecidos que vão morrendo, tem sido aplicadas com êxito na cura de diabetes, paralisia cerebral, problemas de medula, problemas sanguíneos, problemas de medula, problemas metabólicos, problemas imunológicos e muitos mais.


A recolha é feita da seguinte forma: imediatamente após o nascimento do bebé e antes da expulsão da placenta, a equipa médica faz a colheita do sangue e do tecido do cordão umbilical. A seguir este material recolhido é metido dentro de um krioket. Este está disponível numa firma especializada em criopreservação.

Após a recolha são enviados para as firmas que fazem a conservação a pedido dos pais. As células são devidamente identificadas com o nome dos pais e seguidamente o material é preservado. Estes tratamentos são feitos por transformação sanguínea.
Este avanço da medicina permite que estas células aplicadas em várias patologias façam com que muitas vidas se salvem de morte quase certa. Está também em fase de investigação e a ser aplicadas estas células em feridas de grande dimensão de queimaduras para que possam beneficiar deste tratamento de uma referida destruição de células destruídas. Existem alguns critérios para que seja feito este pedido independentemente do pagamento do mesmo.
Isabel Barros

A Lepra

A DOENÇA NA IDADE MÉDIA

A Idade Média caracteriza-se por um período em que a influência da igreja se encontra permanentemente em toda a sociedade.

As doenças faziam parte da vida quotidiana.

Para a maior parte das doenças não existia nenhum tipo de tratamento, e os doentes aceitavam que tinham simplesmente que viver com elas.

Entre as doenças para as quais não havia cura contam-se o sarampo, a tuberculose, a desinteria, a difteria, a varíola e a escarlatina.


A HIGIENE NA IDADE MÉDIA

Na Idade Média, o banho, era considerado prejudicial.
Geralmente tomavam apenas dois ou três banhos durante o ano, e quase sempre por volta do mês de Maio ou Junho, quando começa a primavera na Europa e quando o clima já estava um pouquinho mais quente.
Foi a partir dai que o mês de Maio, passou a ser o eleito para os casamentos, porque era nesta altura em que as noivas tomavam o banho no mês de Maio e o cheiro das partes íntimas não era tão forte.
O bouquet também era utilizado para dissipar o mau odor.
Quando se decidia que o banho ia acontecer, quem tinha prioridade de usar a primeira água limpa, , era o chefe da família, e assim sucessivamente  de acordo com  a importância no seio familiar,  os banhos eram tomados, a começar pelo pai, mãe, filhos, e por último os bebés; quando a água já estava totalmente imunda.

A LEPRA
Uma dessas doenças da idade média era a lepra, uma doença infeciosa da pele.
A lepra surgiu no Egipto, ea bíblia inclui referências à doença. Na idade média os leprosos eram obrigados a usar um sino para anunciar a sua presença ou a ficarem mesmo isolados. Os leprosos tinham que viver afastados, por causa do medo do contágio e havia leis que os proibiam de entrar nas cidades. Construíram-se casas (leprosarias ou gafarias) onde os leprosos podiam viver juntos, em geral longe das cidades. Estendeu-se depois pelo sudeste asiático e pelas ilhas do Pacífico.
É uma doença infecciosa crónica, causada pela Mycobacterium leprae, provoca uma lesão cutânea que lesa principalmente os nervos periféricos (nervos localizados fora do cérebro e medula espinal), a pele, a membrana mucosa do nariz, os testículos e os olhos. Provoca alterações tróficas difusas e simétricas, chegando mesmo a horríveis mutilações.
Trata-se de uma bactéria que invade os nervos periféricos.
Diminui a capacidade de sentir, o tacto, o frio e o calor, os doentes podem queimar-se, cortar-se ou ferirem-se sem darem por isso.
Devido ao facto dos nervos periféricos se encontrarem débeis isto vai assim causar uma debilidade ao nível muscular.
Devido ao facto de as bactérias causadoras da lepra se multiplicarem muito lentamente, os sintomas não começam habitualmente antes de um ano, pelo menos, após a pessoa ter sido infectada, normalmente começam a surgir os casos 5 a 7 anos mais tarde.
Os sinais e o tipo de sintomas da lepra dependem da resposta imunológica do doente. O tipo de lepra determina o prognóstico a longo prazo, as possibilidades de complicações e a necessidade de um tratamento com antibióticos, tudo isto é variável.

Na lepra tuberculóide, aparece uma erupção cutânea formada por uma ou várias zonas esbranquiçadas e achatadas. Estas áreas são insensíveis ao tacto porque as micobactérias causam leões ao nível dos nervos.
Na lepra lepromatosa, Aparecem na pele pequenos nódulos ou erupções cutâneas salientes, de tamanho e forma variáveis. O revestimento piloso do corpo, incluindo as sobrancelhas e as pestanas, desaparece.
A lepra limítrofe (borderline) é uma situação instável que tem características de ambas as formas da lepra. Nas pessoas com este tipo de lepra, a doença tanto pode melhorar, caso em que acaba por se parecer com a forma tuberculóide, como piorar, que resulta na parecença com a forma lepromatosa.
A doença pode ser ou não progressiva, que pode ser transmitida através de espirros espalhando as bactérias no ar e na pele. O contacto com a terra, e até mesmo mosquitos e percevejos, podem levar a lepra. 95% da população não contrai a lepra, pois o sistema imunitário combate a infecção, mas naqueles em que isso acontece, a infecção pode ser de carácter ligeiro e não contagiosa ou grave e contagiosa. O período de incubação médio pode ir de 4 a 8 anos dependendo do tipo de lepra.
Carla Félix

O ADN

Chama-se ácido desoxirribonucleico,a um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus.

Quando um gene é reconhecido por uma célula a sequência é copiada por uma molécula semelhante o ARN - ácido ribonucleico, segue-se um processo muito complexo até às ribossomas que são os responsáveis pela combinação de aminoácidos formando o ADN.

 O seu principal papel é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas. Os segmentos de ADN contêm a informação genética, que são denominados por genes. O restante da sequência de ADN tem importância estrutural e está envolvido no uso da informação genética.

A estrutura da molécula de ADN foi descoberta, pelo norte-americano James Watson e pelo britânico Francis Crick em 7 Março de 1953, o que lhes valeu o Prémio Nobel de Fisiologia/Medicina em 1962, juntamente com Maurice Wilkins.

Do ponto de vista químico, o ADN é um longo polímero de unidades simples de nucleótidos, onde a cadeia principal é formada por moléculas de açúcares e fosfato intercalados e unidos por ligações fosfodiéster.

O que está ligada à molécula de açúcar é uma das quatro bases nitrogenadas. A sequência das bases ao longo da molécula de ADN constitui a informação genética.

 A leitura destas sequências é feita através do código genético, que especifica a sequência linear dos aminoácidos das proteínas. A tradução é feita por um ARN mensageiro que copia parte da cadeia de ADN por um processo chamado transcrição e posteriormente a informação contida neste é traduzida em proteínas.

Dentro da célula, o ADN pode ser observado numa estrutura chamada cromossoma. O conjunto de cromossomas de uma célula forma o cariótipo. Antes da divisão celular os cromossomas são duplicados através de um processo chamado replicação.

 Dentro dos cromossomas,as proteínas da cromatina como as histonas compactam e organizam o ADN. Estas estruturas compactas guiam as interações entre o ADN e outras proteínas, ajudando a controlar que partes do ADN são transcritas.

O ADN é responsável pela transmissão das características hereditárias de cada ser vivo, onde cada um de nós e em casos de reconhecimento de corpo apenas através do ADN se consegue reconhecer o individuo.

Adenina- A              Guanina-G              Timina -T              Citosina-C

Com a sequência das letras A,G,T,C é possível ler a informação do genoma de todos os seres vivos desde a nascença até á morte e após a morte.
Os genes do ADN estão alinhados em forma de hélice carregada de informações a que se dá o nome de Código Genético.
A informação do gene não é sempre a mesma, cada forma única dum gene designa-se por alelo. São os alelos que estão carregados de informação: como a cor dos olhos, do cabelo, personalidade, linguagem, memória, inteligência etc…

Isabel Barros

A Descoberta da Anestesia


A descoberta da anestesia foi uma das inovações clínicas que revolucionaram a cirurgia. A anestesia com éter foi descoberta em Boston na década de 1840. Anos antes, em 1831, o clorofórmio tinha sido elaborado. O médico escocês Sir James Simpson de Edimburgo foi o primeiro a usá-lo como anestesia em 1847, mas só foi aceite na medicina por volta de 1853.

A única anestesia conhecida até o momento era feita à base de álcool e pólvora, aplicada no paciente por via oral. Normalmente ele era seguro pelos assistentes enquanto mordia algo para não gritar, até que a operação terminasse. Eram feitas desta forma amputações, estudadas na época como “grandes cirurgias”.

Embora os pacientes agüentassem dores extraordinárias, havia uma procura urgente por analgésicos. Para aliviar a dor, eram combinadas várias substâncias, a maior parte delas extraída de plantas “medicinais”. Às vezes, a mistura ficava muito forte e o paciente morria por overdose.

Nos anos 1800, boa parte das pessoas procurava na religião, ou nelas mesmas, a força para suportar a dor, que era vista como uma punição de Deus para os perversos e como purificadora da alma para os bons.

A anestesia com éter foi introduzida nos EUA em 1846, e com clorofórmio, no Reino Unido, em 1847. A inalação dos vapores desses compostos não apenas punha as pessoas a “dormir”, tornando-as insensíveis à dor, mas seu uso significava que os pacientes se “tornaram inconscientes à tortura
Essa grande invenção na história da medicina não só beneficiou os pacientes, como também tornou mais fácil a vida dos cirurgiões, que assim não tinham que lidar com pacientes desesperados contorcendo-se de dor na mesa de cirurgia durante uma amputação.

Rosa Alves

A descoberta de diferentes tipos de sangue

O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados. O sangue é produzido na Medula óssea vermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de nutrientes, toxinas (metabólitos), oxigénio e gás carbónico. O sangue é constituído por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em uma parte líquida chamada plasma. As células são classificadas em Leucócitos (ou glóbulos Brancos), que são células de defesa; eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias), responsáveis pelo transporte de oxigénio; e plaquetas (factores de coagulação sanguínea). Podemos encontrar os mesmos componentes básicos do sangue em anfíbios, répteis, aves e mamíferos (entre eles, o ser humano).

A transfusão de sangue é o modo mais direto de uso terapêutico de sangue. Ele é obtido através da doação de sangue. Como existem diferentes tipos de sangue, e a transfusão de um tipo errado pode causar muitas complicações no recetor, são feitos Exames de Compatibilidade.

A descoberta dos grupos sanguíneos foi entre ano de 1900-1901 pelo cientista Kart Landsteiner de origem austríaca e ganhou o prémio Nobel pelo seu trabalho em 1930.
Para poder provar de que havia sangue de diferentes grupos, ele colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, que resultou a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, e sua ausência em outros.

Existem 4 tipos de grupos sanguíneos:

- Grupo sanguíneo AB

- Grupo sanguíneo A

- Grupo sanguíneo B

- Grupo sanguíneo O

Dentro de cada grupo sanguíneo existe ainda o + (positivo) e o – (negativo)
Levin e Stone relataram o caso de um feto nado-morto gerado por uma mulher que posteriormente manifestou reacção hemolítica transicional ao receber sangue de seu marido (compatível quanto ao sistema ABO, o único então conhecido). Landsteiner e Wiener 1940 descreveram um anticorpo produzido no soro de coelhos e cobaias, pela imunização com hemácias de Macacos rhesus, que era capaz de aglutinar as hemácias de 85% das amostras obtidas de um grupo de caucásicos americanos. Wiener e Peters aproximaram as duas observações, determinando tratar-se do mesmo antígeno. O anticorpo produzido no sangue da cobaia foi denominado de anti-Rh. Os indivíduos que apresentavam o factor Rh passaram a ser designados Rh+, o que geneticamente acreditava-se corresponder aos genótipos RR ou Rr. Os indivíduos que não apresentam o factor Rh foram designados Rh e apresentavam o genótipo rr, sendo considerados geneticamente recessivos.
Manuela Pereira

A Medicina na Idade Média


A medicina medieval cresceu ligada à Igreja, sendo fortemente influenciada pelas convições religiosas. Os religiosos assumiram o controle da arte de curar através de medicamentos e deixaram para os barbeiros, que já lidavam com a navalha, a arte de drenar abcessos e retirar pequenas imperfeições da pele. No século VI, em Monte Cassino (entre Roma e Nápoles), um nobre italiano chamado Benedito de Nursia fundou uma comunidade monástica denominada Ordem Beneditina. Seus membros faziam votos de pobreza, castidade e obediência, aperfeiçoaram o ofício da caligrafia e do iluminismo, e transcreveram textos gregos e latinos remanescentes. Em Monte Cassino, como em toda a Europa, o primeiro médico medieval foi um padre ligado a alguma ordem religiosa.A medicina monástica era simples e praticada por monges que apenas conheciam a medicina popular, extraindo remédios das ervas medicinais cultivadas nos jardins dos mosteiros. O declínio da medicina monástica deu-se no século XII, quando as autoridades eclesiásticas recearam que os monges estivessem por demais afastados de seus votos religiosos por razão de seus deveres médicos. No início do século XIII, as atividades médicas foram banidas dos mosteiros, passando o conhecimento médico da época a ser transferido para escolas e universidades leigas. A partir desta época,os hospitais floresceram em toda a Europa, em especial pela influência e interesse pessoal do Papa Inocêncio III, que fundou, em 1204, um grande hospital em Roma. Os hospitais do Espírito Santo, como ficaram conhecidos, surgiram em diversas cidades: em Paris, o Hôtel-Dieu, ao lado da catedral de Notre Dame; o Hospital de São Bartolomeu e o Hospital de São Thomás, ambos em Londres.
Peste Negra na Idade Média

Meados do século XIV foi uma época marcada por muita dor, sofrimento e mortes na Europa. A Peste Bubónica, que foi apelidada pelo povo de Peste Negra, matou cerca de um terço da população europeia. A doença mortal não escolhia vítimas. Reis, príncipes, senhores feudais, artesãos, servos, padres entre outros foram atingidos pela peste.

A peste espalha a morte pela Europa

Nos porões dos navios de comércio, que vinham do Oriente, entre os anos de 1346 e 1352, chegavam milhares de ratos. Estes roedores encontraram nas cidades europeias um ambiente favorável, pois estas possuíam condições precárias de higiene. O esgoto corria a céu aberto e o lixo acumulava-se nas ruas. Rapidamente a população de ratos aumentou significativamente. Estes ratos estavam contaminados com a bactéria Pasteurella Pestis. E as pulgas destes roedores transmitiam a bactéria aos homens através da picada. Os ratos também morriam da doença e, quando isto acontecia, as pulgas passavam rapidamente para os humanos para obterem seu alimento, o sangue. Após adquirir a doença, a pessoa começava a apresentar vários sintomas: primeiro apareciam nas axilas, virilhas e pescoço vários bubos (bolhas) de pus e sangue. Em seguida, vinham os vómitos e febre alta. Era questão de dias para os doentes morrerem, pois não havia cura para a doença e a medicina era pouco desenvolvida. Vale a pena lembrar que, para piorar a situação, a Igreja Católica opunha-se ao desenvolvimento científico e farmacológico. Os poucos que tentavam desenvolver remédios eram perseguidos e condenados à morte, acusados de bruxaria. A doença foi identificada e estudada séculos depois desta epidemia. Relatos da época mostram que a doença foi tão grave e fez tantas vítimas que faltavam caixões e espaços nos cemitérios para enterrar os mortos. Os mais pobres eram enterrados em valas comuns, apenas enrolados em panos. O preconceito com a doença era tão grande que os doentes eram, muitas vezes, abandonados, pela própria família, nas florestas ou em locais afastados. A doença foi sendo controlada no final do século XIV, com a adoção de medidas higiénicas nas cidades medievais.    
Higiene
Durante a Idade Média, um dos aspectos mais fundamentais da higiene, o banho, era considerado prejudicial se tomado em excesso. E “banhar-se em excesso” geralmente significava fazê-lo mais de duas ou três vezes por ano, antes da Páscoa e do Natal.
Nas áreas urbanas, os dejectos e a água usada eram simplesmente atirados pela janela, muitas vezes na cabeça do transeunte que estivesse a passar. As roupas eram lavadas, geralmente, duas ou três vezes por ano, devido ao custo do sabão e, consequentemente, viviam infestadas de pulgas, percevejos, piolhos e traças. Quem mais corria risco eram os recém-nascidos, já que as mulheres costumavam forrar as camas com lençóis sujos e velhos para dar à luz, pois assim não estragavam os bons. Cerca de um terço das crianças morriam antes de completar um ano e muitas outras antes dos dez anos. De cada dois nascimentos bem-sucedidos podia resultar um único adulto saudável. As casas eram ninhos de ratos, que disputavam com os animais de criação os restos de comida.A dieta não existia, consistia basicamente de cereais, na forma de pão. Vinho, carne, peixe, legumes, gorduras e queijo, não passavam de “acompanhamento”. As classes mais abastadas tinham direito ao pão fino, enquanto os pobres comiam o pão escuro, ou mesmo o chamado “pão de escassez”, feito de aveia.
A verdadeira causa da doença era ignorada. Mesmo no final da Idade Média a medicina preventiva limitava-se ao isolamento e quarentena. Atribuía-se quase tudo à influência dos astros, e não era raro que os médicos mais famosos fossem também astrólogos. Para os pobres e ignorantes, a resposta era bem simples: todos os males eram castigos de Deus, irado com os constantes pecados cometidos pelo homem. Para quase tudo receitava-se a sangria, além de infusões herbais e misturas estranhas, quase sempre inócuas. O pensamento médico, preso à teoria das influências astrais, ressaltava o ar como o meio de transmissão das doenças, principalmente as pestes.
A doença fazia parte da vida quotidiana. Para muitas enfermidades não havia tratamento, e os doentes aceitavam que tinham simplesmente que viver com elas.
Anabela Martinez